“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sábado, 1 de junho de 2019

COMO DEVEM SER OS SACERDOTES?






COMO DEVEM SER OS SACERDOTES?

(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta – Vol.10 – pg 282 a 286)


Diz Jesus:

“Meus amigos, pensai na vossa dignidade de sacerdotes.
Antes, Eu estava entre os homens para julgar e perdoar. Agora Eu daqui me vou para o Pai. Eu estou de volta para o meu Reino. Não me foi tirada a faculdade de julgar. Ao contrário, ela está toda em minhas mãos, pois o Pai ma deferiu. Mas é um tremendo julgamento. Pois ele acontecerá quando não houver mais possibilidade de fazer-se perdoar com anos de expiação sobre a terra. Cada criatura virá a mim com o seu espírito, quando ela deixar, pela morte material a carne, como uns despojos inúteis. E Eu a julgarei por uma primeira vez. Depois a humanidade voltará com sua veste de carne, recebida de novo por uma ordem do Céu, a fim de ser separada em duas partes: os cordeiros com o Pastor, e os bodes com seu Torturador. Mas, quantos seriam os homens que estariam com o seu Pastor, se, depois do banho do Batismo, eles não tivessem tido mais quem os perdoasse em meu Nome?
É por isso que Eu crio os sacerdotes. Para salvarem os que foram salvos por meu Sangue. Mas os homens continuam a cair de novo na morte. É preciso que quem para isso tem poder os lave continuamente nele, setenta e sete vezes, para que eles não fiquem presos pela morte. Vós e os vossos sucessores fareis isso. Por isso, Eu vos absolvo de todos os vossos pecados. Porque vós tendes a necessidade de ver, e a culpa vos torna cegos, tirando dos espíritos a luz, que é Deus. Porque vós tendes o ministério de purificar, e a culpa emporcalha, porque tira do espírito a pureza, que é Deus.
Grande ministério é o vosso de julgar e absolver em meu Nome!
Quando consagrardes para vós o Pão e o Vinho, e deles fizerdes o meu Corpo e o meu Sangue, fareis uma grande, sobrenaturalmente grande e sublime coisa. Para fazê-la dignamente, deveis estar puros, porque ireis tocar naquele que é o puro, e vos nutrireis da Carne de um Deus. Puros de coração, de mente, nos membros e na língua devereis estar, porque com o coração deveis amar a Eucaristia, e não deverão estar misturados com esse amor celeste os amores profanos, pois seriam sacrilégios. E puros de mente devereis estar, porque devereis crer e compreender esse mistério de amor, já que a impureza por pensamentos mata a Fé e a inteligência. Fica em vós a ciência do mundo, mas morre em vós a Sabedoria de Deus. Puros nos membros devereis ser, porque ao vosso seio descerá o Verbo, assim como desceu no seio de Maria, por obra do Amor.
Tendes o exemplo vivo de como deve ser um seio que acolhe o Verbo, que se faz Carne. O exemplo é a Mulher sem culpa de origem, e sem culpa individual, a Mulher que me trouxe.
Observai como é puro o cume do monte Hermon, quando ele está ainda enfaixado pelo véu da neve invernal, olhado do Monte das oliveiras, ele parece um cúmulo de lírios despetalados, ou de espuma do mar, ajuntada pelo vento do mar, e que se eleva como uma oferta, ao encontro de outro candor, o das nuvens trazidas pelo vento de abril aos campos azuis do céu. Observai um lírio que abre agora a boca de sua corola para um sorriso perfumado. Mesmo assim sendo, tanto uma pureza como a outra são menos vivas do que a do seio materno que me trouxe. A poeira transportada pelos ventos caiu sobre as neves do monte e sobre a seda da flor, o olho humano não a percebe, por ser ela tão fina como é. Mas ela existe, lá está, e mancha o candor.
Outra coisa: olhai a pérola mais pura, que tenha sido tirada do mar, arrancada de sua concha nativa para ir adornar o cetro de um rei. Ela é perfeita em sua irisdescência compacta, que desconhece o contacto profanador de qualquer carne, tendo-se formado ela como podia ser, na cavidade da madrepérola da ostra, e isolada na safira fluídica das profundidades marinhas. Contudo ela é menos pura do que o seio que me trouxe. No centro dela está o grãozinho de areia, um corpúsculo muito miúdo, mas sempre uma coisa da terra. Naquela que é a Pérola do Mar não existe grãozinho de pecado, nem de concupiscência. Como uma pérola nascida no oceano da Trindade para levar à Terra a Segunda Pessoa. Ela é compacta ao redor do seu centro, que não é uma semente de concupiscência terrena, mas uma centelha do Amor Eterno. É uma centelha que, encontrando correspondência nela, gerou os turbilhões da Divina Estrela, que agora chama e atrai os filhos de Deus. Eu, o Cristo, a Estrela da Manhã.
Esta pureza inviolada é a que Eu vou dou para servir de exemplo. Mas quando, mais tarde, como uns vindimadores ao lado de uma tina, vós mergulhardes as mãos no mar de meu sangue, e introduzirdes nelas as estolas corrompidas dos miseráveis que pecaram, sede vós, além de puros, perfeitos, para não vos manchardes com um pecado maior, isto é, com mais pecado, derramando-o, e tocando com sacrilégio no Sangue de um Deus, ou faltando com a caridade e a justiça, negando-o, ou dando-o com um rigor que não é do Cristo, que foi bom para com os maus, a fim de atraí-los ao seu Coração, e três vezes bons para com os fracos, a fim de confortá-los com a confiança, usando deste rigor três vezes erradamente, porque indo contra a minha Vontade, a minha Doutrina e Justiça. Como é que podem ser rigorosos com os cordeiros, se eles são uns pastores ídolos de si mesmos?
Ó meus diletos, meus amigos, que Eu mando pelos caminhos do mundo, a fim de continuarem a obra que Eu iniciei e que será executada, enquanto existir tempo, lembrai-vos destas minhas palavras, Eu vo-las digo a fim de que as digais àqueles que vós consagrareis para o ministério ao qual Eu vos consagrei.
Eu estou vendo... Eu olho através dos séculos... o tempo e as multidões numerosas dos homens que irão existir, estarão todos diante de Mim... Eu estou vendo... as matanças e guerras, a pazes mentirosas e as horrendas carnificinas, o ódio e o latrocínio, a sensualidade e o orgulho. De vez em quando um oásis verde, um período de volta à Cruz. Como um obelisco que parece uma onda pura por entre as áridas areias do deserto, a minha Cruz será levantada com amor, depois que o veneno do Mal tiver tornado doentes de raiva os homens e, ao redor dela, plantai à beira da águas saudáveis, onde florescerão, as palmeiras de um período de paz e de bem no mundo. Os espíritos, como uns veados e gazelas, como umas andorinhas e pombas, irão para aquele repousante, fresco e nutritivo refúgio, para se curarem de suas dores e novamente ficarem esperando. E isso fará que as árvores entrelacem abundantemente os seus ramos, formando uma espécie de cúpula para os protegerem das tempestades e das canículas, e fará que fiquem longe as serpentes e as feras, por meio do Sinal que põe o Mal em fuga. E assim será enquanto os homens o quiserem.
Eu estou vendo... Homens e mais homens... mulheres, velhos, meninos, guerreiros, estudiosos, doutores, camponeses... Todos vêm e passam carregando o seu fardo de esperanças e de dores. Eu vejo como muitos vacilam, porque a dor é demais, e a esperança foi a primeira a desaparecer... do meio da carga pesada demais que, bem grande, caiu e se espalhou pelo chão. E muitos Eu vejo que caem às beiras da estrada, porque muitos, mais fortes ou mais sortudos em seu peso, que é mais leve. E muitos Eu vejo que, sentindo-se abandonados pelos que passam, e até pisados, e que, percebendo que vão morrer, chegam a odiar e a maldizer.
Pobres filhos! Entre esses perseguidos pela vida, que passam ou que caem, o meu amor tem intencionalmente espalhado os samaritanos piedosos, os médicos bons, as luzes da noite, as vozes no silêncio, a fim de que os fracos que caem encontrem uma ajuda, tornem a ver a Luz, tornem a ouvir a voz que lhes diz: “Espera. Tu não estás sozinho. Acima de ti está Deus. Contigo está Jesus.” Eu coloquei intencionalmente essas caridades operantes, para que os meus pobres filhos não morressem em seu espírito, perdendo a morada paterna, mas continuassem a crer em Mim Caridade, vendo nos meus ministros o reflexo de Mim.
Mas, que dor faz sangrar a Ferida do Coração, como quando foi aberta lá no Gólgota! Mas, que é que estão vendo os meus olhos divinos? Será que não há sacerdotes por entre as numerosas turbas que vão passando? Será por isso que sangra o meu Coração? Ou será que estão vazios os seminários? O meu divino convite será que não chega aos corações? Ou o coração do homem não é mais capaz de ouvi-lo? Não. Durante os séculos haverá seminários, e neles haverá levitas. Deles sairão sacerdotes, porque na hora da adolescência, ele terá feito ouvir como aquela voz celeste em muitos corações, e eles terão atendido a ela. Mas outras, muitas outras vozes chegar-lhe-ão depois com a juventude e a maturidade, e a minha voz ficará dominada naqueles corações. A minha voz que, durante séculos, fala aos seus ministros, a fim de que eles sejam sempre o que agora vós sois: os Apóstolos na escola de Cristo. A veste ficou. Mas o sacerdote morreu. Sombras inúteis e escuras não serão uma alavanca que levanta, nem uma corda que puxa, uma forte que dessedenta, um grão que mata a fome, um coração que é uma almofada, uma luz nas trevas, uma voz que repete o que o Mestre lhe diz. Mas eles serão para a pobre humanidade um peso de escândalo, um peso de morte, um parasita, uma putrefação... Que horror! Os Judas maiores do futuro, Eu os terei ainda, e sempre, em meus sacerdotes!
Meus amigos Eu estou na glória e ainda choro. Tenho piedade dessas turbas infinitas, desses rebanhos sem pastores, ou com pastores raros demais. Sinto uma piedade infinita. Pois bem. Eu o juro pela minha divindade, que aos que foram eleitos, Eu lhes darei o pão, a água, a luz, a voz, o que os que foram eleitos para estas obras não querem dar. Eu repetirei através dos séculos o milagre dos pães e dos peixes. Com uns poucos e desprezíveis peixinhos e com uns escassos pedaços de pão, ó almas humildes e leigas. Eu darei de comer a muitos, e com isso eles ficarão saciados, e assim será para os futuros, porque Eu tenho compaixão deste povo, e não quero que ele pereça.
Benditos aqueles que merecem ser tais. Não benditos porque são tais. Mas porque o terão merecido com seu amor e seu sacrifício. E benditos aqueles sacerdotes, que souberam permanecer Apóstolos: pão, água, luz, voz, repouso e remédio para meus pobres filhos. Com uma luz especial eles resplandecerão no Céu. Eu vo-lo juro. Eu, que sou a Verdade.
Levantemo-nos, meus amigos e vinde comigo para que Eu vos ensine ainda a rezar. A oração é o que alimenta as forças do Apóstolo, porque ela o une intimamente com Deus.”

O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO – MARIA VALTORTA

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