“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

JESUS FALA SOBRE A SUA RESSURREIÇÃO


CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESSURREIÇÃO.
 21 de Fevereiro de 1944.

Diz Jesus:

“As orações ardentes de Maria anteciparam por algum tempo a minha Ressurreição. Eu havia dito: “O Filho do Homem está para ser morto, mas no terceiro dia ressurgirá”, Eu havia morrido às três da tarde de Sexta feira. Quer calculeis os dias, dizendo os seus nomes, quer os calculeis por horas, não era a aurora do domingo a que devia me ver ressurgir. Como horas, eram somente trinta e oito, em vez das setenta e duas, as em que o meu corpo permaneceu sem vida. Como dias, devia pelo menos chegar a tarde deste terceiro dia para se poder dizer que Eu havia ficado três dias na tumba.
Mas Maria antecipou o milagre. Foi como quando, com sua oração, Ela abriu os Céus, com a antecipação de cerca de um ano sobre a época prefixada, para dar ao mundo a sua salvação, assim agora Ele obteve a antecipação de algumas horas, para dar um conforto ao seu coração, que estava morrendo. E Eu, ao primeiro alvorecer do terceiro dia, desci como o sol e, com o meu fulgor, desfiz os selos humanos, tão inúteis diante do poder de um Deus, de minha força Eu fiz uma alavanca, para fazer revirar a pedra, que inutilmente estava sendo velada, com meu aparecimento fiz um fulgor, que aterrorizou os três vezes inúteis guardas, lá postos para vigiarem uma morte que era vida, e que nenhuma força humana podia impedir que assim o fosse.
Bem mais poderoso do que a vossa corrente elétrica, o meu Espírito entrou, como uma espada de Fogo divino, a esquentar os frios despojos do meu cadáver, e ao novo Adão o Espírito de Deus bafejou-lhe a vida, dizendo a Si mesmo: “Torna a viver. Assim Eu quero.”
Eu, que havia ressuscitado dos mortos, quando Eu não era mais do que o Filho do Homem, a Vítima designada para arcar com as culpas do mundo, Eu não devia poder ressuscitar a mim mesmo, mas agora que Eu era o Filho de Deus, o Primeiro, o Último, o Vivente eterno, Aquele que tem em suas mãos a chaves da vida e da morte? Foi aí que o meu cadáver percebeu que a Vida ia voltando para ele.
Olha: assim como o homem que desperta, depois de um sono que sobreveio a um grande cansaço, Eu tenho uma respiração, ainda profunda. E ainda nem posso abrir os olhos. o sangue começa a circular de novo nas veias, com pouca velocidade, por enquanto, e de novo leva o pensa-mento à mente. Mas Eu estou vindo de muito longe! Olha só: como um homem ferido que um poder milagroso curou. O sangue está voltando às veias, enche de novo o coração, aquece os membros, as feridas se vão cicatrizando, e a força volta. Mas Eu estava muito ferido! Estais vendo como as forças vão voltando. Eu despertei. Voltei à Vida. Estive morto. Agora estou vivo! Agora Eu surjo. Sacudo os linhos da morte, jogo fora os vasos dos ungüentos, Já não tenho mais necessidade deles, a fim de aparecer como a Beleza eterna, a eterna Integridade.
Eu vou revestir-me de novo com uma veste que não é desta Terra, e que tecida por Aquele que é o meu Pai, e que tece a seda dos lírios virginais. Eu estou revestido de esplendor. Eu me orno agora com as minhas chagas, que não soltam mais sangue, mas soltam da prisão a luz. Aquela luz, que será a alegria de minha Mãe e dos bem-aventurados, e um terror insuportável para a vista dos malditos e dos demônios, nesta terra e no último dia.
O anjo de minha vida de homem e o anjo da minha vida de dor estão prostrados diante de Mim, e adoram minha Glória. Aqui estão os meus dois anjos. Um deles se sente feliz, por estar vendo Aquele que ele guardava e que agora não tem mais necessidade da defesa angélica. O outro, que viu as minhas lágrimas, para poder ver depois o meu sorriso, que viu a minha batalha, para poder ver a minha vitória, que viu a minha dor, para poder ver a minha alegria.
Eu estou saindo da horta que está cheia de botões de flores e de orvalho. As macieiras estão abrindo suas corolas para fazerem um arco de flores sobre a minha cabeça de Rei, e as ervas formam um tapete de pedras preciosas e de corolas para o meu Pé, que volta a pisar na Terra redimida, depois de ter sido levantado acima dela, para redimi-la. E os primeiros raios do sol me saúdam, e também o vento suave de abril e a leve nuvem que passa, junto com os passarinhos que estão por entre as ramagens. Eu sou o Deus deles. Eles me adoram.
Passo por entre os guardas desfalecidos, símbolos das almas em culpa mortal, que não percebem a passagem de Deus. 
É a Páscoa, Maria. Esta é a passagem do Anjo de Deus! A sua passagem da morte para a vida. Sua passagem para darem vida aos que crêem em meu Nome. A Páscoa, a paz que passa pelo mundo. A paz, não mais velada pela condição de homem. Mas livre, completa em sua eficiência divina que voltou.
E Eu vou à minha Mãe. É bem justo que Eu vá a Ela. Isto foi justo também para com os meus anjos. Mas bem mais justo o é para com aquela que, além de ser minha guarda e conforto, ainda foi para Mim quem me deu vida. Antes de voltar ao Pai com a minha veste de homem glorificada, Eu vou à minha Mãe. Eu, no meu fulgor da minha veste paradisíaca e das minhas jóias vivas. Ela pode tocar em Mim, Ela as pode beijar, porque Ela é a Pura, a Bela, a Amada, a Bendita, a Santa de Deus.
O Novo Adão vai à Nova Eva. O mal entrou no mundo pela mulher, e pela Mulher foi vencido. O Fruto da mulher desintoxicou os homens da baba de Lúcifer. Agora, se eles quiserem, podem ser salvos. Ele salvou a mulher, que ficou tão frágil depois da ferida mortal.
E, depois de ter ido à Pura, à qual, por direito de Santidade e Maternidade, é justo que se dirija o Filho Deus, Eu me apresento à mulher redimida, ao tronco de nossa raça, à representante de todas as criaturas femininas que Eu vim livrar das mordidas da luxúria. Para que diga a elas que se aproximem de Mim, a fim de ficarem sãs, e que tenham fé em Mim, e creiam na minha misericórdia, que compreende e perdoa, e que, para vencerem a Satanás, que tenta a concupiscência delas, que elas olhem para minha Carne, ornada com cinco feridas.
Eu não me faço tocar por Ela. Ela não é a Pura que, sem contaminá-lo, pode tocar no Filho, que está de volta para o Pai. Muito ela tem que purificar-se por sua penitência. Mas o seu amor bem que merece esse prêmio. Ela soube ressurgir, por sua vontade, do sepulcro do seu vicio, estrangular a Satanás, que a possuía, desafiar o mundo por amor ao seu Salvador, e foi aí que ela aprendeu a despojar-se de tudo que não fosse amor, aprendeu a não ser mais do que um amor, que só existe por seu Deus. E Deus a chama: “Maria” Escuta como ela lhe responde: “Raboni.” Nesse grito está o seu coração.
E a Ela, que o mereceu, Eu a encarrego de ser a mensageira da Ressurreição. E, uma vez mais, ela será um pouco escarnecida, como se estivesse desvairada. Mas ela não se importa com o que dela os homens pensam. Maria de Magdala é agora a Maria de Jesus, como lhe chamam os homens. Ela me viu ressuscitado, e isso lhe dá uma alegria tal, que modera qualquer outro sentimento.
Estás vendo como Eu amo até a quem foi culpado, mas que quis sair da culpa? Nem a João Eu me mostrei em primeiro lugar. Mas, sim, à Madalena. João já tinha recebido de Mim o grau de Filho. E ele o podia receber, porque ele era puro, e podia ser um filho, não só espiritual, mas também quando dava ou recebia, em suas necessidades, aqueles cuidados que nascem da carne, prestando-os à Pura de Deus e dela os recebendo em suas necessidades e os cuidados com que tratamos a nossa carne, tudo isso ela dava ou recebia como a Pura de Deus. Madalena, a que ressuscitou para a Graça, foi a que teve, por primeira, a visão da Graça ressuscitada.
Quando me amais, a ponto de vencer tudo por Mim, Eu vos seguro pela cabeça e pelo coração adoentado, entre minhas mãos traspassadas, e sopro em vosso rosto o meu poder. E Eu vos salvo, vos salvo, Ó filhos que Eu amo. Vós, já tornados belos, sãos, livres, ó filhos que Eu amo. Vós vos tornais os filhos queridos do Senhor. Eu faço de vós os portadores da minha Bondade por entre os pobres homens, aqueles a quem dais testemunho da minha Bondade para com eles, a fim de que eles fiquem persuadidos dela e de Mim.
Tende, tende fé em Mim. Tende amor. Não tenhais medo. Que Vos faça confiantes no Coração de vosso Deus tudo o que Eu padeci para salvar-vos.
E tu, pequeno João, sorri agora, depois do pranto! O teu Jesus não sofre mais. Não há mais sangue, nem feridas. Mas sim luz e mais luz. Alegria e mais alegria. A minha luz e a minha alegria estejam em ti, até que chegue a hora do Céu.”


( O Evangelho como me foi revelado -  Maria Valtorta, paginas 232 a 236.)


OBS: Jesus chamava Maria Valtorta de pequeno João.

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