“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sábado, 7 de maio de 2016

OS HOMENS DE BOA VONTADE


A TRANSFORMAÇÃO DOS APÓSTOLOS

Demonstrar o poder de minha Palavra e os efeitos diversos da mesma, sob a condição de que quem a recebesse pertencesse à fileira dos homens de boa vontade, ou a daqueles, entre eles, que tinham uma vontade sensual, que nunca é reta.
Os Apóstolos e Judas. Ai estão dois exemplos opostos, Os primeiros, imperfeitíssimos, rústicos, ignorantes, violentos, mas tinham boa vontade. Judas, douto mais do que a maioria deles, refinado pela sua vida na Capital e no Templo, mas de má vontade. Observai a evolução dos primeiros no Bem e sua subida.
Observai essa evolução na perfeição dos Onze bons, sobretudo a daqueles que, por um visível defeito mental, estavam acostumados a desnaturar a realidade dos santos, fazendo do homem que atinge a santidade, como uma dura, duríssima luta contra as forças poderosas e tenebrosas. Um ser desnaturado, sem concupiscência e sem arrepios, e, portanto sem méritos. Porque o mérito vem justamente da vitória sobre as paixões desordenadas e as tentações, vitória conseguida por amor a Deus, e para conseguir o último fim: gozar de Deus para sempre.
Que observem isto aqueles que pretendem que o milagre da conversa deva vir só de Deus. Deus dá os meios para converter-se, mas Ele não violenta a vontade do homem e, se o homem não quer converter-se, inutilmente terá o que ao outro serve para a conversão.
Considerem aqueles que examinam os múltiplos efeitos da minha Palavra, não somente sobre o homem humano, mas também sobre o homem espiritual. E não só sobre o homem espiritual, mas também sobre o homem humano. A minha Palavra, recebida com a boa vontade, transforma um e o outro, conduzindo-os a perfeição externa e à interna.
Os Apóstolos que por sua ignorância e por minha humildade tratavam o Filho do homem com uma confiança excessiva um bom mestre entre eles, e nada mais, um mestre humilde e paciente, com o qual era lícito tomar liberdades, às vezes excessivas. Mas isso, feito por eles, não era uma falta de respeito, mas uma ignorância, e por isso está desculpada, os apóstolos, briguentos entre si, egoístas, ciumentos no seu amor e do meu amor, impacientes com o povo, um pouco orgulhosos de serem “os apóstolos”, ansiosos por verem tudo o que causa admiração ao povo, como os milagres feitos por Jesus, que os fazem ser vistos como uns dotados de um poder extraordinário e, devagar mas continuamente, se vão transformando em homens novos, que antes dominam as suas paixões, a fim de Me imitarem, e Me fazem ficar contente, depois que eles, conhecendo sempre mais o meu verdadeiro Eu, mudando os modos e o amor, até Me verem, Me amarem e Me tratarem como Senhor Divino. São eles talvez o termo desta minha vida sobre a terra, ainda aqueles companheiros superficiais e alegres dos primeiros tempos? Eles o são, sobretudo depois da Ressurreição, os amigos que tratam o Filho do Homem como Amigo? Não. Primeiro, eles são ministros do Rei. Depois são os sacerdotes de Deus. Todos diferentes, completamente transformados.
Considerem isto aqueles que o julgarem muito fortes, e julgarão, então desnaturada a natureza dos apóstolos, que era como está descrita. Eu não era um doutor difícil, nem um rei soberbo, não era um mestre que julga indignos dele os outros homens. Eu soube compadecer-me deles. Eu quis formar usando materiais brutos, encher de perfeições de toda espécie uns vasos vazios, e mostrar que Deus tudo pode, e que de uma pedra Ele tira um filho de Abraão, um filho de Deus, e de um mestre, a fim de confundir os mestres jactanciosos de sua ciência, que, muitas vezes perdeu o perfume da minha.

(de Jesus à Valtorta –O Evangelho como me foi revelado – Vol. 10)

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