A ORAÇÃO DE JESUS Á
HUMANIDADE
Diz Jesus:
“A paz esteja convosco, a vós todos que escutais.
A Páscoa santa reconduz os filhos fiéis à Casa do Pai. Parece
esta nossa Páscoa bendita uma mãe que procura o bem de seus filhos, e que os
chama em alta voz, para que venham, venham de todos os lugares, deixando de
lado todos os cuidados, por causa de um cuidado maior. O único verdadeiramente
grande e útil. É o cuidado de prestar homenagem ao Senhor e Pai. Por aí se
compreende que somos irmãos. E por aí, com um testemunho suave, transparece a ordem
e a obrigação de amar ao próximo como a nós mesmos. Será que nós nunca nos
vimos? Nem nos conhecíamos? Sim. Mas se aqui estamos, é porque somos filhos de
um único Pai, que nos quer em sua Casa para o banquete Pascal, e eis que, se
não com os sentidos materiais, certamente com a nossa parte superior,
percebemos que somos iguais, irmãos, vindos de Um Só, e nos amamos por isso,
como se tivéssemos crescido juntos. É a antecipação, esta nossa união de amor,
da outra mais perfeita que gozaremos no Reino dos Céus, sob o olhar de Deus,
todos abraçados pelo seu amor: Eu, Filho de Deus e do Homem, convosco, homens
filhos de Deus. Eu, Primogênito, convosco, irmãos amados além de toda medida
humana, até o ponto de fazer-me Cordeiro pelos pecados dos homens.
Mas nós que gozamos no momento presente, desta nossa
fraternal união na Casa do Pai, recordemo-nos também dos que estão longe, que
também são nossos irmãos, no Senhor e na origem. Lembremo-nos deles.
Tragamo-los em nossos corações, aos que estão ausentes, diante do santo Altar.
Rezemos por eles, recolhendo com o espírito as vozes distantes deles, sua
vontade de estarem aqui e os seus anseios. E assim como recolhemos esses
anseios conscientes dos israelitas distantes, recolhamos também os das almas
que pertencem a homens que nem sabem que têm uma alma, e que são filhos de Um
Só. Todas as almas do mundo gritam para Deus nas prisões dos corpos. Em um
cárcere escuro elas gemem, procurando a Luz. E nós, que estamos na luz da
verdadeira Fé, tenhamos piedade delas.
Oremos:
Pai nosso que estás nos Céus. Santificado seja por toda a
humanidade o teu Nome! Conhecê-lo já é encaminhar-se para a Santidade. Faze que
os gentios e os pagãos conheçam esta tua existência, ó Pai Santo, e, como os
três sábios de outrora, num tempo já distante, mas não inativo, porque não é
inativo nada daquilo que se relaciona com a vinda da Redenção ao mundo, venham
a Deus, a Ti, Pai, guiados pela Estrela de Jacó, pela Estrela da Manhã, pelo
Rei e Redentor da Estirpe de Davi, pelo teu Ungido, já oferecido e consagrado
para ser Vítima pelos pecados do mundo.
Venha o Teu Reino a todos os lugares, onde já te conhecem e
te amam, e onde ainda não te conhecem. E venha sobretudo àqueles que são três
vezes pecadores, os que mesmo te conhecendo, não te amam em tuas obras e nas
manifestações de tua Luz, e ainda procuram repelir e sufocar a Tua Luz, que
veio ao mundo, porque eles são almas das trevas, que preferem as obras das
trevas, e não sabem que querer sufocar a Luz do mundo é fazer uma ofensa a Ti
mesmo, porque Tu és a Luz Santíssima, e Pai de todas as luzes, começando
daquela que se fez Carne e Palavra, para trazer a Tua Luz a todos os espíritos
de boa vontade.
Seja feita, ó Pai Santíssimo, a tua vontade por todos os
corações que existem no mundo, isto é, que se salvem todos os corações, e para
ninguém seja sem fruto o Sacrifício da Grande Vítima, pois está é a tua
vontade: que o homem se salve e goze de Ti, Pai Santo, depois do perdão que
está para lhe ser dado. Dá-nos os teus auxílios, e Senhor, todos os teus
auxílios. E dá-nos a todos os que estão esperando, aos que não sabem esperar,
aos pecadores com o arrependimento que salva, dá-os, dá-os aos pagãos com o
golpe do teu chamado que os sacode, dá-os aos reclusos, aos exilados, aos
doentes do corpo ou do espírito, dá-os a todos. Tu que és o Tudo, porque o
tempo da misericórdia chegou.
Perdoa ó Bom Pai, os pecados de teus filhos. Dá o perdão aos
pecados do teu povo, que são os mais graves, dos que são culpados por quererem
continuar no erro, enquanto o teu Amor de predileção foi justamente para com
este povo que ele quis dar a sua Luz. E dá o perdão aos que estão embrutecidos
por um paganismo corrompido, que ensina o vício e os mergulha na idolatria
desse paganismo grosseiro e mefítico, enquanto entre eles ainda encontram almas
preciosas por sua pureza, e que são muito amadas por Ti, visto que Tu as
criaste. Nós perdoamos. Eu perdôo primeiro, a fim de que Tu possas perdoar, e,
sobre a fraqueza das criaturas, invocamos a tua proteção, para que livres do
Príncipe do Mal, do qual procedem todos os delitos, todas as idolatrias, todas
as culpas, tentações e erros, as tuas criaturas. Livra-os ó Senhor, do Príncipe
horrendo, para que possam chegar à Luz Eterna.”
(de Jesus à Valtorta, Vol 6. Pgs.13, 14)
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