“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

domingo, 7 de fevereiro de 2016

NÃO JULGAR PORQUE SÓ DEUS SABE O ESTADO DA ALMA DO PECADOR


DAR TEMPO PARA O ARREPENDIMENTO

“Oh! Se Deus devesse dar o perdão somente a quem o pede! E ferir logo a quem depois da culpa, não procura logo arrepender-se! Tu não te sentiste nunca perdoado antes de te teres arrependido? Podes mesmo dizer que te arrependeste e que por isso já estás perdoado?”
“Mestre, eu...”
“Ouvi-me vós todos, porque entre vós acham que Eu errei, e que Judas está com a razão. Aqui estão Pedro e João. Eles ouviram o que Eu disse à mulher, e vo-lo podem repetir. Eu não fui um tolo ao perdoar. Eu não disse o que já disse a outras almas, às quais eu perdoava, porque elas estavam completamente arrependidas. Mas Eu dei modo e tempo àquela alma para chegar ao arrependimento e à santidade, se quiser consegui-los. Recordai-vos disso, para quando fordes mestres das almas.
Duas coisa é preciso que se tenha, para se poder ser verdadeiros mestres. Primeira coisa: uma vida austera para consigo mesmos, de modo a poder julgar sem as hipocrisias de condenar nos outros o que nós a nós mesmos nos perdoamos. Segunda: uma paciente misericórdia para dar às almas um modo de ficarem sãs e robustecidas. Nem todas as almas ficam sãs instantaneamente de suas feridas. Algumas o fazem por fases sucessivas, e algumas vezes lentas, e sujeitas a recaídas. Expulsá-las, condená-las, amedrontá-las não é a arte de um médico espiritual. Se vós as expulsais, por vós mesmos elas voltarão por ricochete, a cair nos braços dos falsos amigos e mestres. Abri os vossos braços e os vossos corações, sempre para as pobres almas. Que elas encontrem em vós um verdadeiro e santo confidente, sobre cujos joelhos não se envergonhem de chorar. Se vós as condenardes, privando-as de uma ajuda espiritual, sempre mais fareis que elas se tornem doentes e fracas. Se vós fazeis que elas fiquem com medo de vós, e de Deus, como poderão levantar seus olhares para vós e para Deus?
O homem encontra como seu primeiro juiz o homem. Somente o ser que vive espiritualmente é o que sabe encontrar em primeiro lugar a Deus. Mas a criatura que já chegou a viver espiritualmente não cai em culpas graves. Sua parte humana pode ainda ter fraquezas, mas seu espírito é forte e vela, e suas fraquezas não se transformam em culpas graves. Enquanto que o homem, que ainda muito carne e sangue, peca e encontra o homem. Mas, se o homem que o deve levar a Deus e formar o seu espírito, lhe incutir medo, como é que o culpado pode ter confiança nele, se o abandonar? Como poderá dizer: “Eu me humilho, porque creio que Deus é bom e perdoa”, se vê que o seu semelhante não é bom?
Vós deveis ser um termo de comparação, na medida daquilo que é Deus, assim como uma pequena moeda é uma parte que nos ajuda a compreender o valor que a tem um talento. Mas, se vós sois cruéis com as almas, vós, pequenas moedas que sois uma parte do Infinito, e o representais, como crerão então eles que seja Deus? Que dureza intransigente pensarão que haja nele?


(de Jesus à Valtorta, Vol.7)

Sem comentários:

Enviar um comentário