“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

QUEM RESPEITA OS DEZ MANDAMENTOS CONQUISTA O REINO DE DEUS


A ENTREGA DAS LEIS DE DEUS A MOISÉS NO MONTE SINAI



QUEM RESPEITA OS DEZ MANDAMENTOS CONQUISTA O REINO DE DEUS



Diz Jesus:

Mas o que existe não é somente a sociedade como a entendeis, a sociedade dos concidadãos, ou dos que pertencem à mesma nação, ou a pequena e querida sociedade da família. Existe uma outra sociedade muito mais extensa, infinita: a sociedade dos espíritos.
Todos nós que vivemos temos uma alma. Essa alma não morre com o corpo, mas sobrevive a ele, para sempre. A ideia de Deus Criador, que deu ao homem uma alma, foi que todas as almas dos homens se reunissem em um único lugar, o Céu, constituindo o Reino dos Céus, cujo monarca é Deus, e cujos súditos felizes teriam sido os homens, depois de uma vida santa e uma morte tranqüila. Satanás veio para dividir e subverter, para destruir e desagradar a Deus e aos espíritos. E introduziu o pecado nos corações, e com ele trouxe a morte no fim desta existência, esperando poder dar a morte também aos espíritos. A morte é a condenação, a qual é existir, sim, mas numa existência privada do que é a verdadeira Vida e alegria eterna, isto é, da visão beatífica de Deus e de sua posse eterna nas luzes eternas. E a humanidade se dividiu em suas vontades, como uma cidade dividida por partidos contrários. E, assim agindo caminhou para a sua ruína.
Eu já disse isto aos que me acusavam de expulsar os demônios com a ajuda de Belzebu: “ Todo reino dividido contra si mesmo irá para a ruína.” De fato, se Satanás se expulsasse a si mesmo, ele e seu reino tenebroso se arruinariam. Eu, pelo amor que Deus tem para com a humanidade por Ele criada, vim para fazer lembrar que só um Reino é Santo: o dos Céus. E vim para pregá-lo, para que os melhores o procurem. Oh! Eu quereria que todos, até os piores, viessem a se converter, livrando-se do demônio que, evidentemente, nas possessões corporais, além de nas espirituais, ou secretamente naquelas que são completamente espirituais, os conserva escravizados. Por isso, Eu vou curando os doentes, expulsando os demônios dos corpos dos possessos, convertendo os pecadores, perdoando em nome do Senhor, instruindo sobre o Reino, realizando milagres para persuadir-vos do meu poder e de que Deis está comigo. Porque não se pode fazer milagre, se não tiver a Deus como amigo. Por isso, se Eu expulso os demônios com o dedo de Deus, e curo os doentes, se limpo os leprosos, converto os pecadores, anuncio o reino e instruo sobre ele, se chamo para ele em nome de Deus, e se a condescendência de Deus está comigo clara e indiscutível, e somente os inimigos desleais é que podem dizer o contrário, é sinal de que o Reino de Deus chegou ao meio de vós, e de que ele está constituído, porque esta é a hora de sua fundação.
Como se funda o Reino de Deus no mundo e nos corações? Com a volta à Lei de Moisés, ou com o conhecimento exato dela, quando não se a conhece, mas, sobretudo, com a aplicação total da Lei em si mesmos, em todos os acontecimentos e momentos da vida. Qual é essa Lei? Será uma coisa de tal modo severa, que se torne impraticável? Não. Ela é uma série de dez preceitos santos e fáceis, dos quais até o homem moralmente bom, verdadeiramente bom, sente a necessidade, mesmo se ele estiver sepultado sob o denso teto vegetal das mais impenetráveis florestas da misteriosa África. Essa Lei diz:
“Eu sou o Senhor seu Deus, e não há outro Deus fora de Mim.
Não tomes o Nome de Deus em vão.
Respeita o sábado, conforme a ordem de Deus, e a necessidade da criatura.
Honra a teu pai e à tua mãe, se queres viver longamente, e ter o bem na terra e no Céu.
Não mates.
Não furtes.
Não cometas adultério.
Não levantes falso testemunho contra o próximo.
Não desejes a mulher do próximo.
Não cobices as coisa alheias.”
Qual é o homem que, se for de bom coração, ainda mesmo sendo ele um selvagem, e que volvendo o olhar para tudo o que o circunda, não chegue a dizer: “Não era possível que tudo isso se fizesse por si mesmo. Por isso, existe Um, mais poderoso do que a natureza e do que o próprio homem, que fez tudo isso.?” E adora esse Poderoso, do qual ele saiba, ou não saiba o Nome Santíssimo, mas que ele percebe que existe. E tem para com esse Ser uma tão grande reverência, que, ao pronunciar o nome que lhe deu, ou que lhe foi ensinado dizer, pra nomeá-lo, treme de respeito, e percebe que está em oração, só por dizer com respeito o seu Nome. Porque de fato já era uma oração dizer o Nome de Deus com a intenção de adorá-lo e de fazê-lo conhecido pelas pessoas que o desconhecem.
Assim, pois, só por prudência moral todo homem percebe que deve conceder um descanso aos seus membros, a fim de que eles resistam até o fim da vida. Com mais razão, este repouso animal o homem que não ignora o Deus de Israel, o Criador e Senhor do Universo, percebe que o deve consagrar ao Senhor, para não ficar semelhante ao jumento que, quando cansado, repousa sobre sua cama de palhas, e fica quebrando com seus fortes dentes os grãos dos cereais.
Também o sangue exige amor por aqueles dos quais ele veio, e vemos isso até no potrinho da jumenta que, correndo e zurrando, vai ao encontro da mãe, quando ela está voltando das feiras. Ele estava brincando no meio dos outros, quando viu, e lembrou-se de que havia mamado nela, e que ela o havia lambido com amor, o havia defendido e aquecido, e estais vendo como, com seu focinho macio ele lhe coça o pescoço, esfregando suas ancas contra o lado de sua mãe.
Amar os pais é um dever e um prazer. Não há animal que não ame a quem o gerou. E, então? Será o homem inferior ao verme, que vive na lama da terra?
O homem moralmente bom não mata. A violência lhe causa aversão. Ele sabe que não é lícito tirar a vida a ninguém. E que só Deus que no-la deu, é que tem o direito de tirá-la. E evita o homicídio.
Igualmente quem é moralmente são não se apodera das coisas alheias. Prefere o pão comido com uma consciência tranqüila, junto a uma fonte prateada, a um suculento assado, feito de uma criação furtada. Ele prefere dormir no chão, com a cabeça sobre uma pedra e as estrelas amigas acima de sua cabeça, derramando paz e consolo em sua consciência honesta, a um sono perturbado em uma boa cama, mas apanhada em algum furto.
E, se ele é moralmente são, não vive cobiçando mais mulheres, que não são suas, nem penetra, como um vil emporcalhador, no leito conjugal de outro. Mas na mulher do seu amigo ele vê uma irmã, e não tem para com ela os olhares e os desejos, que para uma irmã não se têm.
O homem de coração reto, ainda que só naturalmente reto, sem ter outro conhecimento do Bem, a não ser o que lhe vem de sua boa consciência, nunca toma a liberdade de dar testemunho de uma coisa que não é verdade, pois isto lhe parece coisa semelhante a um homicídio e um furto, e de fato assim é. Mas ele tem lábios honestos, como honesto ele tem o coração, e com eles tem honesto também os seus olhares, com os quais ele não cobiça as mulheres dos outros. E ele nem mesmo as deseja, porque tal desejo é o primeiro estímulo para o pecado. Não inveja porque é bom. Quem é bom não inveja nunca. Fica tranqüilo com o que tem.
Parece-vos que esta lei é tão intransigente, que não se pode praticar?
Não vos enganeis. Eu estou certo de que não vos enganeis. E, se não vos deixardes enganar, fundareis o Reino de Deus em vós, e em vossa cidade. E vos reencontrareis um dia, felizes, com aqueles que amastes e que, como vós, conquistarem o Reino eterno, nas alegrias sem fim do Céu.
Mas, no vosso próprio interior, estão as paixões, como outros tantos cidadãos fechados e cercados pelos muros da cidade. É preciso que todas as paixões do homem queiram a mesma coisa, isto é, a santidade. Se assim não for, é inútil que uma parte se incline para o Céu, se depois uma outra deixa sem guardar as portas, deixando penetrar o sedutor e neutralizando, por meio de discussões e da preguiça, os esforços de uma parte dos cidadãos, que tratam de coisas espirituais, fazendo assim que pereça a cidade interior e que ela fique abandonada ao reino das urtigas, dos tóxicos, das gramíneas, das serpentes, escorpiões, ratos, chacais e corujas, isto é, das más paixões e dos anjos de Satanás. É preciso velar, sem cessar, como sentinelas colocadas sobre os muros, para impedir que o Maligno entre onde nós queremos construir o Reino de Deus.
Em verdade Eu vos digo que, enquanto o homem forte e armado guarda a entrada de sua casa, ele dá segurança a tudo o que está dentro dela. Mas, se chegar um outro mais forte do que ele, ou se ele deixar descuidada a porta, então o mais forte o vence e o desarma, e ele, ficando sem suas armas, nas quais ele confiava, se enche de medo, e se entrega, e o forte o faz prisioneiro e se apodera dos despojos do vencido. Contudo, se o homem vive em Deus, por meio da fidelidade à Lei e à justiça santamente praticada, Deus está com ele, e nada de mal pode acontecer-lhe.
 A união com Deus é a arma que nenhum forte pode vencer. A união comigo é segurança de obter vitória e de arrebatar presas de guerra, que são as virtudes eternas pelas quais será dado para sempre um lugar no Reino de Deus. Mas, quem de Mim se afasta ou de Mim se torna inimigo, repele, por conseqüência as armas e a segurança da minha palavra.
Quem repele o Verbo, repele a Deus.
Quem repele a Deus, chama Satanás.
Quem chama Satanás destrói tudo o que tinha para conquistar o Reino.
Portanto, quem não está comigo, está contra Mim. E quem não cultiva o que Eu semeei, vai recolher o que o inimigo semeia. Quem não ajunta comigo, espalha e, pobre e nu, haverá de chegar diante do Juiz Supremo, que o mandará para o patrão ao qual ele se vendeu, preferindo Belzebu a Cristo.


( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 4, pg.428 a 432)

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