É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico ir para o Céu.
NÃO PACTUAR COM O OURO SACERDOTES.
Jesus
já curou os doentes e já falou ao povo e, certamente, terá exposto o tema das
riquezas injustas e do desapego delas, que é necessário a todos para ganharem o
Céu, mas indispensáveis para os que querem ser discípulos. Agora Ele está
respondendo à pergunta de um ou de outro dos discípulos, que estão um pouco
perturbados com este assunto.
O
escriba João diz: “ Devo, então, destruir o que tenho, despojando os meus do
que é deles?
Não.
Deus te deu bens. Faze que eles sirvam à justiça, serve-te deles com justiça,
isto é, atende com eles às necessidades de tua família, como é o teu dever.
Trata humanamente os servos, é caridade. Ajuda os pobres, acode às necessidades
dos discípulos pobres. Então as riquezas não te servirão de tropeço, mas de
ajuda.
Depois
falando a todos diz: Em verdade, Eu vos digo que o mesmo perigo de perder o
Céu, por amor das riquezas, pode tê-lo também até o discípulo mais pobre, se,
tendo-se tornado meu sacerdote, faltar com a justiça, ou pactuar com o rico.
Quem é rico, ou mau, muitas vezes tentará seduzir-vos com donativos, para que
estejais de acordo com o seu modo de viver e com seu pecado. E haverá, entre os
meus ministros, os que cederão à tentação dos presentes. Não deve ser assim.
Que o Batista vos ensine. Realmente nele, ainda que não fosse juiz nem
magistrado, havia a perfeição do juiz e do magistrado, como é indicada pelo
Deuteronômio: “Tu não terás acepção de
pessoas, não aceitarás presentes, porque
eles tornam cegos os olhos dos sábios e mudam as palavras dos justos.”
Muitíssimas vezes o homem deixa que lhe embotem o fio
da espada da justiça, pelo ouro que um pecador passa por cima dele. Não, isso
não pode ser. Sabei ser pobres, sabei saber morrer, mas nunca pactuar com a
culpa. Nem mesmo com a desculpa de querer usar aquele ouro em benefício dos
pobres.
É
um ouro maldito e não lhes faria nenhum bem. É ouro de um compromisso infame.
Vós sois constituídos discípulos para serdes mestres, médicos e redentores. Que
seríeis, se vos tornásseis cúmplices no mal, por algum interesse? Mestres de
uma ciência maligna, médicos que matam o doente, não redentores, mas colaboradores
para a ruína dos corações.
(
O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vo 4 pg. 348)
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